sexta-feira, 17 de junho de 2011

RIA faz-se presente na Câmara Municipal de Curitiba

Instituições de acolhimento não garantem segurança, diz RIA
“Nossas crianças não estão protegidas nas casas de acolhimento.” A afirmação é de Rodrigo Navarro, membro da comissão de gestão da Rede de Instituições de Acolhimento (RIA), que debateu com os vereadores de Curitiba sobre os desafios para garantir o futuro de crianças abandonadas. Conforme Navarro, as instituições enfrentam dificuldades financeiras, materiais e humanas, e as principais prejudicadas são as crianças. Foi na tarde desta quarta-feira (15), durante horário reservado à Tribuna Livre e contou com a presença de Fernando Goes, Janaina Rodrigues e Antonio Augusto Ortiz, também membros da comissão de gestão da RIA. A iniciativa de trazer a Rede para debater o assunto na Câmara Municipal foi do vereador Caíque Ferrante (PRP).
O parlamentar ressaltou, na tribuna da Casa, que as alterações ocorridas na legislação nacional e estadual com relação à adoção e guarda de menores têm provocado uma série de mudanças no comportamento das pessoas e dos próprios integrantes dos órgãos públicos e da Justiça em relação à realidade das famílias. “A necessidade de ampliar redes, com pessoal e garantias financeiras, exige ampla discussão do tema para ampliar as ações”, justificou. Para Caíque Ferrante, a adoção requer, nos dias de hoje, maior preparo das famílias e dos interessados em abrigar uma criança. “Há necessidade de criarmos políticas públicas em âmbito municipal para intensificar os trabalhos das entidades e dos órgãos ligados à criança e à família”, avaliou.
Segundo Janaina Rodrigues, Curitiba hoje possui mil crianças em diferentes abrigos espalhados pela cidade, com perfil diferenciado e, em comum, a falta de recursos. Cada uma delas gera um custo mensal de R$ 1,8 mil e o repasse recebido é de R$ 300. A falta desse R$ 1,5 mil, segundo a RIA, sacrifica o atendimento e prejudica as crianças. “Não temos condições de contratar pessoal para angariar verbas, por exemplo, e nem podemos oferecer o atendimento especializado que as crianças precisam para serem incluídas na sociedade”. Nesse sentido, a Ria pediu para participar do debate sobre o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que está em trâmite na Casa, e da LOA 2011, que será enviado até o final de setembro ao Legislativo, e sugeriu a criação de uma frente parlamentar suprapartidária e única.
Carta
Os representantes da RIA entregaram aos vereadores uma carta contendo alguns princípios que norteiam o trabalho da rede e explicações sobre os quatro eixos principais de atuação da entidade. De acordo com o documento, foram as dificuldades enfrentadas pelas instituições de acolhimento de Curitiba e Região Metropolitana que provocaram a mobilização que deu origem à Rede, formada atualmente por mais de 20 organizações. “Essa trajetória foi marcada por cinco anos de negociações com a Fundação de Ação Social (FAS), em busca de condições dignas para o atendimento das crianças e adolescentes acolhidos”, disse Rodrigo Navarro.
Entre os princípios, destacou a reiteração familiar, encaminhamento para família substituta, ou formação até a autonomia. Porém, de acordo com ele, as instituições vêm enfrentando muitas dificuldades, uma vez que a solução não depende apenas do seu reordenamento, mas sim do reordenamento e da articulação de todos os órgãos e agentes participantes do Sistema de Garantia de Direitos. “É preciso a criação de políticas públicas coletivas”, enfatizou. Seguindo a mesma linha de pensamento, Janaina Rodrigues afirmou que uma das razões para o agravamento da situação é a falta de comunicação entre os atores que atuam na defesa dos direitos das crianças. “A falha está em todo o sistema. Os conselhos não falam com o Ministério Público, que não se comunica com o Poder Judiciário, que não sabe o que está acontecendo com a Defensoria Pública e demais secretarias”, exemplificou.
Propostas
O objetivo do convite e da vinda dos membros da RIA consiste em somar esforços entre a Rede e poder público na tentativa de mudar a realidade acerca do atendimento dos excluídos, garantindo que o maior número de crianças possa retornar às famílias e, não sendo possível, que recebam atendimento especializado. “Cada dia no abrigo é um dia longe da família, longe de um futuro promissor”, afirmou Navarro, ao enfatizar a necessidade de garantir medidas para agilizar a passagem das crianças pelos abrigos.
No debate foi unânime o posicionamento de que o assunto é de alta complexidade e que, para solucionar o problema, é preciso mudanças radicais, porém não impossíveis. Os eixos de atuação da RIA apresentados aos vereadores sugerem algumas alternativas na tentativa de mudar a atual situação. Entre elas, a garantia de prioridade absoluta para crianças e adolescentes acolhidos e suas respectivas famílias no acesso às políticas públicas, que devem, segundo a Rede, se configurar, de fato, como intersetoriais, integradas e transdisciplinares, prioritariamente em relação ao funcionamento dos Cras, Creas, Caps e demais secretarias municipais. 















O que não contávamos foi com  episódio lamentável protagonizado pelo Vereador Francisco Garcez, que durante a fala de Janaína Rodrigues estava conversando paralelamente com algumas pessoas e atrapalhando os representantes da sociedade e da RIA que estavam tentando ouvir o que Janaína dizia, um dos representantes, gesticulou para o Vereador que sua conversa paralela estava atrapalhando a audição, o Vereador dirigiu-se até este representante e o chamou na frente de várias pessoas inclusive eu, de "filho da puta". Assim podemos agradecer aos mais de 10.000 eleitores que o colocaram lá na nossa casa legislativa para nos representar dessa forma cheia de ética e principalmente RESPEITO. E é ainda bom lembrar que se o mesmo permaneceu por mais de 30 min durante o assunto exposto na Tribuna Livre foi muito. LAMENTÁVEL

terça-feira, 24 de maio de 2011

Rede das Instituições de Acolhimento

Olá integrantes da RIA e não integrantes, nesta postagem estarei compartilhando com vocês alguns materiais que temos utilizado para aprimorar os serviços de acolhimento em nossa região.
Vamos começar com um video da Associação dos Pesquisadores de Núcleos de Estudo e Pesquisas sobre a Criança e Adolescente (NECA). Se você não tem conhecimento sobre o que é o NECA, recomendamos que busquem informações em Sobre nós |NECA . O video postado abaixo faz parte de um DVD que encontra-se disponível no site do NECA.








Entendemos que é extremamente necessário para nós que atuamos nos serviços de Acolhimento Institucional, ter amplo conhecimento sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, Orientações Técnicas de Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes, Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, como o interesse de estarmos em constante debate nos que diz respeito ao trabalho que desenvolvemos com as crianças e adolescentes que encontram-se acolhidos em nossas Instituições.